quinta-feira, 27 de outubro de 2011

cadentes...

A chuva cai, trespassando a roupa...
 O céu negro envolve-me o corpo de estrelas cadentes, acordando o meu peito de desejos e vontades urgentes.
Ouço do outro lado a tua a alma sorrir, em cada passo sinto o eco do teu olhar abraçando cada movimento meu, ouço as palavras mudas dos teus lábios caiando de branco as paredes rubras...
Ao som da tempestade dançamos a noite inteira, abraços nos braços.
Rompemos a madrugada olhos nos olhos descobrindo-te todos os medos, descobrindo-me todos os segredos.
Somos livres, inteiros sem mascaras, sem véus, sem receios, somos um só corpo de movimentos infinitos de beijos perpétuos, um só corpo, duas almas, um só desejo...
A chuva cai, trespassando-nos a pele, deslizando nos teus lábios promessas e juras de uma eternidade distante, e eu guardo nos meus olhos este momento.


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