terça-feira, 27 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
tempo...
Nos teus braços, enleio intenso esse beijo, entrego-me sem decoro dentro dos teus olhos.
Afundo nesse abismo profundo onde repousa o tempo, o nosso tempo.
Desejo!
Vermelho incarnado...
Rasgo com as minhas mãos, com as minhas próprias vontades o desespero de sentir profundo.
O desespero de ser intensamente tudo o que toco, tudo o que amo...
Nesta ciranda morta, arrasto apenas a lembrança inocente de um dia sentir-me criança.
Passo transparente entre os defuntos sorrisos, passo nas mesmas pedras, nas mesmas ruas onde um dia gritaram o desejo de ser livre...
Olho dentro de cada palavra, de cada expressão exausta, olho cada ruga, cada murmuro...
A memória é um luxo!
Nesta terra de senhores já ninguém tira o chapéu...
Ouço passos lentos, pequenos, ouço o vento por de trás da vidraça, as ruas estão cheias de fantasmas.
Já ninguém colhe as flores...
Foram esquecidos os finados!
A dor encravou-se nos corpos adornados de brilho e cor, e os pés arrastam-se em pontas suportando o peso da inércia em agulhas frias... metálicas.
Onde está a indignação e a intenção... onde guardaram a coragem, onde ficaram o grito e a liberdade?
Vermelho, senhor...perfumado transportas em cada pétala o passado.
Este país ficou na saudade...
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Apaguei a luz desse inferno rubro...
Nas têmperas escorre lentamente o peso certo dos meus sentimentos...
Autêntico, obtuso, compacto... entranha-se no meu corpo, transmutando-se no meu rosto de vontades e desejos que me transcendem a razão.
Sou um cubo, sem arestas...
Em cada passo, semeio na terra o meu destino incerto.
Exumo o passado e os fantasmas dos meus gestos curtindo de cada um deles a pele e o cheiro, adubando cada lágrima de sorrisos, cada olhar de memórias...
Apaguei a luz desse inferno rubro, agora quero apenas sentir a corrente fria, quero apenas sentir no meu corpo a chuva gota a gota.
Sou um cubo, espelhado...
Nas minhas mãos carrego tudo o que sou e sinto, nas minhas mãos consigo ouvir me gritar o eco distante da paixão, de um amor efectivo.
Em cada passo, a distância permanece ambígua.
Hoje sinto-me um cubo...
O emplastro
O emplastro
No abismo cai errante de saltos altos e beiços pintados.
Transporta consigo memórias turvas e repugnantes de desejos insidiosos
De certezas afiadas e duvidas entranhadas no mais profundo poço da alma
Caiu, sem dignidade!
O peso da vergonha afunda-te cada vez mais e mais...
No incómodo rectal... de uma quimera sem corpo constróis moinhos de vento e vomitas enferma o fel das tuas consumidas vontades.
Não existe nada!
Sobrevives de migalhas entre os cadáveres... das depostas.
Satisfazendo-te arrogantemente da carcaça.
Não existe nada!
Apenas arrependimento!
A verdade fere-te o orgulho?
Ou o seu reflexo liberta em ti a angústia ser simplesmente insignificante?
No abismo cais errante de saltos altos e beiços pintados.
Transportas contigo memórias turvas e repugnantes de desejos insidiosos
De certezas afiadas e duvidas entranhadas no mais profundo poço da tua alma
Caíste, sem dignidade!
Ordinariamente declinaste e arrastas de ti esse cheiro pestilento envenenando o ar que respiras
Vestes-te de vulgaridade dissimulando toda essa ignóbil leveza de ser...
E reduzes-te de livre vontade á decadência.
Simplesmente sobrevives!
(Margarida Gil)
Rubro...
Lentamente se transforma, mais um passo e já se percebe a transparência de qualquer coisa como um sentimento de verdade, de liberdade.
Intensamente rubro! Vou ser feliz...
Intensamente rubro! Vou ser feliz...
inteiros...
Existem pequenos momentos que se transformam, que se libertam...
Desenvolvem asas, pequenos momentos intensamente únicos...
Existem entre a paz e o caos,
Tão ingenuamente sobrevivem e se transformam...
O tempo solidifica e alimenta este sentimento que teima que se constrói do húmus das palavras...
Resultados, inteiros...
Simples!
Desenvolvem asas, pequenos momentos intensamente únicos...
Existem entre a paz e o caos,
Tão ingenuamente sobrevivem e se transformam...
O tempo solidifica e alimenta este sentimento que teima que se constrói do húmus das palavras...
Resultados, inteiros...
Simples!
Há Mar...
Vou pintar-me de maresia,
Correr descalça na areia e saltar,
Sim saltar!
Vou sussurrar-te no ouvido o sal a pele...
Vou beijar-te todas as ondas do mar.
Correr descalça na areia e saltar,
Sim saltar!
Vou sussurrar-te no ouvido o sal a pele...
Vou beijar-te todas as ondas do mar.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
As palavras sabem a vento, passam sem destino, sem controlo...
Cruzo-me com elas, passo por elas, através delas.
Já não tem vontade.
As palavras perderam a memória, perderam a intenção.
Servem apenas de engodo.
Cruzo-me com elas, passo por elas, através delas.
Já não tem vontade.
As palavras perderam a memória, perderam a intenção.
Servem apenas de engodo.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
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