sábado, 13 de outubro de 2012

"...Será a vida só uma? ... Todas as vidas são assim...."



Não é novidade para quem me conhece que ADORO Raul Brandão este é um filme que estou ansiosa para ver...

“Ou a vida é um ato religioso, ou um ato estúpido e inútil”


Nesta frase Raul Brandão retrata de forma simples, direta e crua, a essência de toda a sua obra, distinta por uma ontologia pessimista, evidenciando-se por uma demanda transcendente que explique as razoes para o sofrimento inerentes á condição humana.
Vai amiudando e repetindo esta questão em cada uma das suas personagens...nas suas inquietações, obrigações e nos seus clamores...
Representando-se de forma evidente põe a nu  a sua angústia, “...ânsia de compreender, de chegar a compreender, antes de exalar o ultimo suspiro...” e ansiedade de quem busca algo que explique o enigma paradoxal da existência.

Vivemos carregando a dor, independentemente de nos revoltarmos ou resignarmos este é um fardo permanente e real.
Haver algo que explique a nossa própria existência, um significado...
Um propósito que se contrarie constantemente à constatação de que a vida é consumada de logro, de delírio, de gestos sem acepção que encobrem a outra vida, outra vida imperiosamente necessária.

Tal como Gebo, cada um de nós tem a sua sombra.













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